sábado, 17 de março de 2012

Martha Marcy May Marlene


Assombrada por dolorosas memórias e afetada por uma paranoia crescente, uma mulher tenta de todas as formas superar seus traumas e recuperar a família após escapar de um estranho ritual abusivo.
o filme tinha tudo para ser muito bom tanto que apesar de ser um filme independente que ganhou o Festival de Sundance de 2011 (como melhor direção). Tipo de história interessante, drama intenso, interpretações legais mas o roteiro se perde, é nesse momento que voce que curte filmes percebe que nem sempre bons atores adiantam para alguma coisa, filmes sao uma verdadeira composição quimica onde é preciso misturar com pressição todoso os elementos quimicos e sempre com cuidado para nao explodir nada e assim obter sucesso na experiencia. o começo do filme mas nao entende muito bem o que esta havendo, com o passar do filme você sente a mesma angústia que a personagem central, o problema foi o desenvolvimento da história que além de ir se revelando lentamente acaba estacionando e não sai disso o que me criou outro tipo de angústia: a de ver enfim o final.
O tempo todo eu torcia para que a Martha contasse a irmã tudo o que aconteceu com ela, mas justamente por estar em estado de trauma ela resolveu se calar o filme todo, sem dar nem ao menos uma pista do que havia passado. É daqueles filmes confusos, difíceis de acompanhar. Quero destacar mais uma vez a interpretação da atriz que fez com perfeição o papel de Martha, todos têm elogiado muito Elizabeth Olsen (nascido em 1989) talvez porque ela demonstra ter muito mais talento do que suas irmãs mais velhas, as gêmeas Olsen (Mary Kate e Ashley) de inúmeros telefilmes.Chamando atenção também o novo papel sinistro para John Hawkes, que ficamos conhecendo melhor desde Inverno D´Alma. Enfim, o filme poderia ter sido interessante, poderia ter surpreendido e bem recebido pelo público mas decepciona desde suas cenas forçadas até o final sem sentido e sem graça. Creio que não vai agradar muitas pessoas, é um filme fraco, forçado e extremamente arrastado.

Sob o Domínio do Medo (Straw dogs)


Tudo o que o pacato matemático americano (que na verdade é um roteirista de filmes classe B)David Summer queria quando se mudou para uma fazenda no interior da Inglaterra com sua jovem esposa Amy era paz e tranqüilidade para terminar seu livro.Mas seu sonho de encontrar o lugar perfeito se desfaz quando os homens que contratou para reformar sua garagem começam um jogo de intimidação e medo, progressivamente invadindo sua casa e desrespeitando o casal. David vai ser posto em uma dura provação e será levado até o limite para defender seu lar, sua honra e sua esposa. Assisti esse filme ontem e logo de cara gostaria de ressaltar uma coisa: acho que os roteiristas, diretores e até mesmo atores estão um pouco esquecidos do que pode ser considerado suspense, para mim esse gênero é aquele tipo de filme que não te deixa levanta na cadeira ou do sofá mesmo que você queira da a nítida impressão de qualquer pedaço que perca pode ser fatal porém nos filmes que ando vendo ultimamente eles esqueceram dessa simples fórmula de sucesso, as histórias são boas, o elenco bem legal mas a maldita idéia de deixa o filme bom faltando minutos para acabar estraga todo o clímax de desenvolvimento da historia. Para mim suspense são filmes como Plano de vôo que tem uma estrutura inquietante nos deixando com nervos a flor da pele ta bem que tem a maravilhosa Jodie Foster mas mesmo assim o roteiro é exelente, ate mesmo vôo noturno ( desci um pouco o nível) que é estrelado pela também maravilhosa ( sim, adoro enaltecer essas atrizes Rachel Mcadams ( da-lhe diário de uma paixão) que nos deixa roendo as unhas ( eu então) , enfim o que estou tentando dizer de forma educada e simples é: suspense foi feito para prender a atenção, causa curiosidade, nervosismo e surpresa nas pessoas se você não é capaz de fazer isso ok , da licença mude o gênero mas não estrague a droga do filme com incompetência. Agora após desabafar posso volta de forma relaxada a critica do filme. No começo é bem monótono, chatinho mesmo mas logo você percebe o que vai acontecer, talvez por ser parecido com outros filmes, David é um cara muito tranqüilo, que não é acostumado a briga ( se é que ainda existe alguém assim) , vive na cidade e é extremamente focado no trabalho, já sua mulher Amy ( da onda dos sonhos) é uma mulher muito bonita e cobiçada em sua antiga cidade, logo que os dois chegam a fazenda onde ela passou sua vida toda logo podemos perceber que um passado meio oculto ainda esta presente ali ( agora eu me pergunto porque todo filme eles resolvem ir para um local afastado do mundo? Se morasse no Rio jamais faria uma coisa dessas) voltando ao filmes, o ex rolo/ namorado/amigo Charles deixa bem claro que não se desligou por completo da moça até porque o filme inteiro ele a devora com os olhos. Após uma hora de filme contadinho no relógio, a ação começa, tem cenas violentas já aviso aos sensíveis, os malucos e abusados amigos de Charlie tentando invadir a casa de David ( que esta se borrando de medo dentro da casa). O desenrola eu ate achei maneiro, valeu ate ver James Woods como um treinador bêbado que leva um balde de água quente na cara ( adorei essa cena), bom sem mais rodeios o filme é bom nada de espetacular ou diferente do que já foi feito e ate mesmo do que eu já tinha visto mas mesmo assim tem seu valor. A história poderia sim ser um pouco mais intensa, algumas cenas são desnecessárias mas mesmo assim eu achei um bom filme. Fica a dica, não espera um filme grandioso espere apenas por um filme bom. Valeu até a próxima.

Curiosidades> Refilmagem de Sob o Domínio do Medo (1971);

- Apesar da profissão do personagem principal ter sido alterada de matemático para roteirista e da história agora acontecer na costa do golfo do Mississipi, ao invés da cidade inglesa de Cornwall, trata-se de uma refilmagem bastante original ao filme original dirigido por Sam Peckinpah;

- Dustin Hoffman, que estrelou o filme original, deu sua bênção ao diretor Rod Lurie para rodar a nova versão;

- Seu orçamento foi de US$ 12,5 milhões.

sábado, 3 de março de 2012

Os Descendentes.


Havaí. Há 23 dias a vida de Matt King (George Clooney) mudou completamente. Foi nesta data que sua esposa Elizabeth (Patricia Hastie) sofreu um sério acidente de barco e entrou em coma. Desde então cabe a Matt cuidar das filhas Scottie (Amara Miller) e Alexandra (Shailene Woodley), que estuda e vive em outra ilha do arquipélago. Quando é informado pelos médicos que sua esposa irá morrer em breve, Matt resolve trazer Alexandra de volta. Ele conta com a ajuda dela para contar a triste notícia aos amigos e familiares, de forma que eles possam se despedir de Elizabeth ainda em vida. Desbocada e de gênio difícil, Alexandra surpreende o pai ao contar que sua mãe o estava traindo. A notícia afeta profundamente Matt, que passa a querer saber quem era o amante de sua esposa e se ela o amava. Payne produziu o filme com os mesmos produtores de Com as Próprias Mãos (2004) e Eu os Declaro Marido e... Larry (2007);Além de ter feito o roteiro, este é o primeiro projeto do cineasta, afastado da direção de longas desde quando lançou Paris, Te Amo (2006). Os Descendentes foi um dos primeiros filmes citados no Oscar que eu tive a oportunidade de conferir, tudo era interessante e cheio de detalhes. Ter George Clooney em um papel sensível já me chamou atenção ( ok, ele sempre foi o durão dos filmes), como paizão de família então conseguiu me convencer e passa toda a sensibilidade necessária em cada cena. Me impressionei com a Shailene Woodley, mto intensa na maioria das cenas, sincera e delicada. Destaque pra cena da piscina, e pra cena que ele corre até a casa de um amigo querendo descobrir o nome do amante da sua eposa.
Ponto alto também para o diretor Alexander Payne que mostra mais uma grande direção, retratando o drama de modo extraordinário e com alguns bons momentos que provocaram risos no espectador, provocados quase sempre pela dupla Clooney e Nick Krause, o amigo de Alexandra que mandou super bem, as piadas não eram escrachadas, sempre em momentos que o drama ficava um tanto "pesado" ele conseguia busca a leveza e fazer rir. O tema abordado também é bem delicado assim como a postura que cada personagem toma diante da situação, achei que foi bem desenvolvida a história, claro que eu no lugar de George Clooney (voltaria a ser um valentão dos filmes) e largaria a mão na cara do safado que pegou minha mulher. Enfim, o filme me conquistou pelo seu jeito fofo, pela forma comovente com quem retrata os conflitos de família, por me fazer muitas vezes pensar no que eu faria se todos esses problemas acontecessem comigo e por tudo isso Os Descendentes mostra o seu valor.