domingo, 29 de setembro de 2013

Faroeste Caboclo

Atrevido, acho que nenhuma outra palavra descreveria tão bem o que significa o filme faroeste caboclo. todo o conjunto da obra é atrevido, a começa pela ideia ousada de criar um filme a partir de uma letra de musica que virou praticamente o hino de uma nação dos anos 80. 
   A musica narra a historia de joao de santo cristo ( sim, mal começo a falar da musica e ja meio que estou cantando ela) que não tinha medo de nada, conta sua historia desde que foi obrigado a conviver com a morte do pai, com a pobreza, com discriminação até encontra maria lúcia se apaixonar e...ah vocês conhecem a musica? ou não? pois bem até quem não era fã de legião ou simplesmente não conhecia essa musica passou a criar interesse apos o filme. 
     Um olhar bem detalhista do diretor nos faz ter uma visão privilegiada do personagem e de sua saga que ate então vivia na imaginação de milhares de fãs, quem nunca imaginou como seria maria lúcia? e o tal jeremias quem nunca imaginou ele com barba ou sem barba, magro ou gordinho?. 
   Bastou o anúncio da existência do filme para os fãs e a crítica voltarem seus olhos para a produção como o próprio Santo Cristo com sua Winchester .22. E a missão foi devidamente cumprida.
  Com nove minutos de musica acredito que tenha sido bastante complicado elaborar o roteiro e estende-lo para um longa metragem mesmo assim foi feito com maestria, alguns detalhes foram mudados.
Segue a ordem cronológica dos fatos, mas ainda sim nos faz ter uma visao mais que perfeita dessa historia trágica de amor e de obstáculos. 
    Também nessa expansão, Maria Lúcia se torna uma personagem muito mais complexa, e seu romance com Santo Cristo é profundo e envolvente, com uma boa química entre Ísis Valverde e Fabrício Boliveira. Aqui suas decisões ganham mais peso, e de uma “menina falsa” para quem Santo Cristo jurou seu amor na canção, agora temos uma personagem mais amadurecida, onde até mesmo sua “traição” faz muito mais sentido.
   Uma curiosidade – O filme tem duas homenagens veladas a Renato Russo: a primeira é a participação de seu filho Giuliano Manfredini como um dos secundários, e outra é o próprio Renato, mesmo que nas sombras, que pode ser visto brevemente cantando em um palco ainda no início do filme. 
     Para a felicidade dos fãs da Legião, o resultado do filme Faroeste Caboclo é pra lá de positivo. Trata-se de um cinema de altíssima qualidade, com boa fotografia de Gustavo Hadba, direção de arte e ótimas atuações de um elenco quase todo formado por desconhecidos

A Morte do Demônio

Mia (Jane Levy) é uma garota viciada em drogas. Ela é levada pelos amigos Olivia (Jessica Lucas) e Eric (Lou Taylor Pucci) para uma cabana isolada na floresta, no intuito de realizarem uma longa cura de desintoxicação. Para a surpresa de todos, o irmão de Mia, David (Shiloh Fernandez), rapaz afastado dos amigos e familiares há tempos, também aparece, junto de sua namorada, Natalie (Elizabeth Blackmore). Entretanto, eles são surpreendidos ao descobrirem que a cabana havia sido invadida, e que o porão parece uma espécie de altar grotesco, repleto de animais mortos. Lá eles encontram um livro antigo, trancado. Atraído, Eric resolve abri-lo e lê-lo em voz alta, sem imaginar as consequências de seus atos. Mia começa a manifestar um comportamento estranho, interpretado no início como sintoma da abstinência. No entanto, aos poucos, todos percebem que uma força demoníaca se apoderou de seu corpo.
   Fui ver o filme com uma grande desconfiança nao sabia muito bem o que esperar, me lembro muito pouco dos filmes anteriores, minha intenção era assistir mama ( que bom que nao vi mas depois falamos disso), mas nao deu muito certo. 
    Eu particularmente admiro o trabalho de Sam Raimi e não é de hoje, acho majestral a forma em que seus filmes se apresentam, seja por personagens marcantes ou por enredos interessantes. Mesmo nao lembrando muito do filme anterior, pesquisei algumas cenas no youtube, a sensação foi que a historia procurou se distanciar o maximo do primeiro filme, deixando praticamente impossivel algumas comparações. 
    Nao sei se é muita viagem de minha cabeça cinematografica mas achei muito "propicia" uma cena em que aparecem: um facão, uma serra elétrica, uma faca pontura... me pareceu discretamente uma "homenagem" aos intrumentos de trabalho ( ou assassinatos) de outros serial killers como Michel Meyers, Jason ( sexta feira 13) e Leatherface, ok? Me chamem de louca eu mereço. 
    Em filmes de meu querido Sam Raimi quando as coisas começam a ficar ruins, ficam muito ruins muito rápido. E quando o horror de fato acontece, é sempre levado até bem próximo das últimas conseqüências. Sangue chove – literalmente – e faces desfiguradas, estilete na língua, seringa no olho e uma motosserra utilizada em uma cena que fez meu queixo cair e olha que estou bem acostuma com essas cenas,  plasticidade e violência extrema são todos itens presentes aqui. E sim, a infame cena da árvore também que na minha opinião não foi a melhor mas certamente foi a mais esperada. 

CURIOSIDADES:

É o 1º longa-metragem dirigido por Fede Alvarez, que obteve destaque graças ao curta Ataque de Pânico! (2009).

Se você pegar a primeira letra dos personagens David, Eric, Mia, Olivia e Natalie perceberá que elas formam a palavra demon (demônio, em inglês).

Logo no início do filme pode-se ver que a personagem Mia usa um suéter da universidade de Michigan. Trata-se de uma homenagem a Sam Raimi, diretor do filme original, que estudou nesta universidade.

MAMA

Annabel (Jessica Chastain) e Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) tem o desafio de criar as duas sobrinhas que passaram cinco anos sozinhas numa floresta. Mas será que elas realmente estavam sozinhas?. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não sabem se acreditam nas meninas, ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos na casa. Após vários acontecimentos, finalmente todos descobrem quem realmente era/é Mama.
     Desde que tive a oportunidade de ver "Labirinto do Fauno" me encantei pela obra prima de Guilhermo Del Toro, sempre com um toque sombrio mas ao mesmo tempo um tanto quanto sútil seja nas imagens ou nos textos leves. Em "Mama" ele se apresenta apenas como produtor mas ainda sim tendo o seu nome seja até como figurinista já me faz querer ver e pra completar em seu elenco tras a indica ao Oscar Jessica Chastain ( que para quem não sabe fez "A hora mais escura", "Histórias Cruzadas" e por ai vai).
       De repente o que atrapalha um pouco é a exposição garantida pelo curta-metragem Mama, de 2008, que fez sucesso em festivais e na web e gerou interesse pelo trabalho do diretor argentino Andrés Muschietti.
       Não sei ao certo se tento achar um motivo para o filme não ter sido um sucesso, porque ele tinha tudo para ser, a começar por
um elenco bom, uma história diferente mas ao mesmo tempo até crédula. 
    Poderia dizer que foi uma produção desastrosa, não sei bem apontar se o erro foi da crítica que estava no aguardo de algo inédito ou se da produção e direção que achavam que apenas elenco bom e boa história seguraria a bilheteria, algo que infelizmente não aconteceu.
        Mas nem tudo são defeitos, houve dois pontos que achei que vale a pena ressaltar: o comportamento de seus personagens, na fotografia escura de cada cena, na trilha sonora de arrepiar os cabelos e principalmente apenas nas nossas deduções do que acontecerá. A fotografia me lembrou muito o Orfanato, aquelas roupas escuras e sem vida, com a maquiagem carregada no rosto das pessoas mostrando claramente o seu sofrimento. 
         O desfecho não faz o menor sentido, me deixou com a nítida ideia de que fui enganada, estava com toda a expectativa de ver Mama, afinal foi apontado como o melhor terror do ano mas faltou duas coisas: Ser melhor e ser Terror duas coisas que faltaram justamente em um filme de Terror, irônico não?