sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O Lobo atrás da Porta

       A segurança com a qual o diretor Fernando Coimbra conduziu a trama e a forma única de entrega que Leandra Leal emprestou
a sua personagem me deram um certo conforto em ver o filme até o final. Antes mesmo de ser lançado já era um dos roteiros
que integravam a minha lista dos que mais queria ver esse ano, pelo elenco, pela história e em especial pelo falatório
em volta dele.
    Bom vamos ao que interessa, "O lobo atrás da porta" tras a história de uma criança desaparecida, ela teria sido sequestrada
na creche em que estuda, por uma suposta amiga de sua mãe que foi busca-la informando que a mae da menina estaria sentindo mal.
    Logo se inicia uma busca desesperada pela menina e algumas arestas que vao aparecendo no decorrer dos depoimentos.
(Milhem cortaz) é Bernado o pai da criança, ele é casado com sylvia ( escrito com y como ela fala no filme) e mantém um caso quente e extraconjugal com Rosa personagem de Leandra Leal mostrando o porque esta ganhando destaca em "Império" novela global do qual é uma das protagonistas.
     Logo no ínicio da trama pegamos muitas mentiras ou pelo menos verdades não muito bem contadas ao delegado que acredita
ser "O Bonzão" vivido por Juliano Cazarré, que particularmente achei o pior em cena, mas ok, vamos caminhando alegremente vendo o filme. A medida em que seus personagens vão contato as histórias, desconfianças e quem poderia ter pego a menina
vão surgindo na tela vários flashbacks o que ilustra os detalhes contados, nos dando mais expectativas de quem poderia ser então o sequestrador. Continuo enaltecendo o trabalho de Leandra Leal pois somente uma atriz com uma única segurança e postura de firmeza poderia fazer uma cena tão chocante, forte e brutal no final do filme como ela, em resumo teria tudo para ter sido uma trama sensacional se não fosse por alguns deslizes que me incomodaram, como por exemplo diálogos
muito vazios, cenas desnecessárias e uma certa prolongada para um filme pequeno, isso me incomodou bastante, de resto foi bem interessante com seus momentos de méritos, o problema todo é que na metade do filme já sabemos basicamente quem é o lobo e onde atras da porta vai acabar!

nota 7,0

Maze Runner - Correr ou Morrer

     Em um mundo pós-apocalíptico, o jovem Thomas (Dylan O'Brien) é abandonado em uma comunidade isolada formada por garotos
após toda sua memória ter sido apagada. Aos poucos, percebe que está em um elevador de carga.
     Quando as portas se abrem ele se depara com vários garotos, alguns mais jovens, outros um pouco mais velhos que ele.
Então, é introduzido para a sociedade local, localizada em uma clareira, em que se dividem as tarefas do dia a dia.
   


O ambiente é todo cercado por um grande muro, cujas portas se abrem uma vez por dia.
    Logo ele se vê preso em um labirinto, onde será preciso unir forças com outros jovens para que consiga escapar.
    Parece que de certa forma virou moda serem feitos filmes baseados em livros, particularmente eu adoro essa idéia eu diria um pouco
inovadora, o público ganha duas vezes, para aqueles que não curtem ler livros conseguem fica por dentro da história e aqueles que
amam ler livros acabam sendo premiados podendo ver na telona o que usaram a imaginação para tenta visualizar os personagens tão
queridos de seus livros.
    Maze runner acaba seguindo o mesmo padrão de Jogos Vorazes e Divergente, no sentido de ter uma pessoa que se destaca em grupo
onde todos são obedientes ao sistema, no sentido de ter uma mensagem de união faz a força mas o diferencial de Maze talvez seja a
adrenalina do filme que simplesmente não para em momento algum, você fica tenso e sabe que qualquer um pode morrer e a qualquer momento
o próprio personagem principal Thomas se mete em inúmeras situação de extremo perigo e você não consegue piscar os olhos com medo do que
pode acabar acontecendo.
    O cenário do filme é sensacional, vários labirintos se formando, aranhas gigantescas aparecendo e amedrontando a todos, sem falar
no som de suspense que nos enlouquece a cada vez que Thomás entra no labirinto, em resumo é um filme cheio de aventura, suspense, um
maravilhoso roteiro construído na medida certa, nem mais nem mesmo apenas o suficiente para sugar nossas atenções do inicio até o final,
resta espera agora a continuação na certeza de que o filme é muito mais do que uma franquia baseada em livros.

nota: 9,0


Não Pare Na Pista

"       Não Pare na Pista"  aparece como a biografia não contada de Paulo Coelho, logicamente o nome de Paulo já é uma grande publicidade para venda seja do que for, no caso do filme pouco me interessou a sinopse apenas quis saber mais sobre o mago brasileiro.
       Pode ter sido uma opinião minha mas a trama me fez ter a sensação de passar corrida, como se não quisesse se aprofunda em algumas partes da vida de Paulo, falou de leve, mostrou somente as bordas e não o fundo mesmo que desejávamos ver, concordo que explora pontos importantes como sua relação complicada com seu pai Pedro na história vivido pelo ator Enrique Diaz, que alias esta muito bem em cena e é responsável por uma das partes mais emocionantes do filme ( talvez a unica),  as cenas em mostram o menino internado e levando choque elétrico para curar um possível desequilíbrio foi sensacional, porém algo que me incomodou um pouco foi a insistente forma de mostrar que Paulo não desistia de ser um escritor, as cenas já falavam por si não era necessário conter um texto no qual ele fala o tempo inteiro em ser escritor, em ter máquina de escrever, me pareceu um pouco forçado como se não confiassem totalmente que o público fosse entender a mensagem passada em suas cenas.
   Não sei se é a melhor história de Paulo Coelho como o título nos faz acreditar, mas certamente é interessante entender como ele chegou, onde chegou, como pode ser o escritor mais traduzido no mundo, ate mesmo do que sheakspeare. Talvez pela importância do mesmo deveria ter sido feito com um pouco mais de calma o roteiro, ele corre demais, tem momentos que me
perco na história, em outras horas o passado parece mais interessante que o presente.
    Não Pare na Pista mostra a vida de Paulo Coelho em três tempos, o ator Ravel Andrade estreia na telona interpretando o futuro compositor e escritor em sua conturbada adolescência.
    Júlio Andrade, seu irmão famoso, vive Coelho na fase adulta, época da famigerada parceria com Raul Seixas, e nos dias atuais, já estabelecido com um dos autores mais lidos do mundo. Para esta última, o ator teve de passar por quatro horas de maquiagem antes
de rodar – trabalho elogiável feito pela mesma equipe de O Labirinto do Fauno.
     É curioso notar que Não Pare na Pista busca, desde seus primeiros momentos, uma força dramática que acaba por nunca encontrar.
   



O diretor Daniel Augusto, estreante em longas-metragens, faz todo um esforço para que cada cena tenha um acabamento visual impecável e potência
 cênica – e chega lá -, mas não consegue construir um arco dramático emocional, o que é bem diferente.
     Talvez a maior riqueza do filme esteja no elenco afinadíssimo, super bem escolhido, um roteiro bem construído de acordo com o material
que lhe fora passado, de qualquer forma deixa um pouco a deseja mas nada grosseiro ou que estrague a simpátia do mesmo. Nota: 7,0