terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reencontrando a felicidade


Faz oito meses que o filho de quatro anos de Becca (Nicole Kidman) e Howie (Aaron Eckhart) morreu atropelado, e ela resiste à ideia do marido de visitar um grupo de anônimos também em luto. Becca não gosta do "papo de Deus", pais que se consolam imaginando que os filhos mortos agora são anjos no céu. o roteiro que David Lindsay-Abaire adaptou de sua peça homônima trata das diferenças entre marido e mulher diante da dor. Ela bloqueia o luto, ele preenche como pode afetos perdidos, o legal do filme na minha opinião é que os dois passam por várias situações dificeis, conflitantes, tristes e até mesmo constrangedoras e mesmo assim permanecem juntos tentando resgatar algum amor naquela relação. Confesso que não entendi como ela pode fazer amizade com o menino que atropelou seu filho, tá bom que a culpa não foi dele e era apenas um menino mas mesmo assim, não sei se meu lado racional reagiria tão naturalmente quanto o dela.
Reencontrando a Felicidade”(título nada haver em português) é o terceiro longa do já cultuado diretor John Cameron Mitchell. Seus primeiros trabalhos, “Hedwig” e “Shortbus”, são bem diferentes e mais, digamos, undergrounds que esse, outra curiosidade sobre esse filme é que O roteiro é de David Lindsay-Abaire, baseado em roteiro de sua própria peça, vencedora de vários prêmios na Broadway, incluindo o de Cynthia Nixon (a Miranda de Sex and the City 2), que ganhou um prêmio Tony, espécie de Oscar do teatro americano, por seu papel de mãe em luto, personagem de Kidman no filme, que pelo personagem concorreu ao Oscar.
A produção do filme é da própria Nikole Kidman, por se interessar na historia, sem mesmo chegar a assistir a peça na Broadway. Marcou um encontro com David Lindsay e seu produtor para comprar os direitos da peça. Esse interesse pelo papel foi muito feliz. Nicole concorreu ao Oscar, Globo de Ouro e vários outros prêmios pelo mundo. É o melhor personagem de Nicole desde Grace de “Dogville”.
A direção de Mitchel veio a partir de uma historia pessoal sua, pois aos 14 anos Mitchel perdeu um irmão de apenas 10 anos, e sua família não conseguiu superar completamente esse perda até hoje. Talvez daí a delicadeza e a sensibilidade no tratamento do tema.
É um filme bem interessante, inteligente e delicado, mergulha no drama e sua grande parte mostrando o quanto uma perda pode desestruturar toda uma família, o legal também é que o filme já começa com o casal sofrendo pelo filho, não mostra o acidente nem nada do tipo, ou seja o foco fica por conta do casal que tem uma perfeita química em cena. Eu recomendo!

2 comentários:

  1. Olá, por esta sinopse com certeza irei ver.

    Só por curiosidade, você já viu :Uma vez na America?

    Esse filme é extraordinário, quase 4 horas de duração e estou mandando um link do YouTube de uma das cenas mais incríveis.

    http://www.youtube.com/watch?v=kWlWE4KdfNU

    Um abração carioca.

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  2. pow gostei mto do que vi no youtube, achei bem interessante sim...
    desculpe a demora a responder...
    e obrigada por sempre ta ligado nas novidades do blog.

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